Sinais de prontidão
Até aos seis meses:
É consensual por partes das Comissões Mundial, Europeia e Portuguesa de Nutrição, que durante os primeiros seis meses de vida o melhor alimento para o bebé é, indubitavelmente, o leite materno e que este pode ser oferecido em exclusividade durante todo o seu primeiro semestre de vida.
Durante este período, na Europa, considera-se que o leite materno é capaz de fornecer ao bebé toda a quantidade de ferro que ele necessita (salvo raras exceções).
A partir da introdução alimentar, a amamentação pode e deve manter-se a par da diversificação alimentar e até aos 12-24 meses.
Caso a mãe opte por não amamentar, tal não seja possível ou o leite materno se torne insuficiente, a alimentação deve manter-se exclusivamente láctea, até aos 6 meses, utilizando-se como complementação ou em substituição, uma fórmula infantil, cuja composição é concebida para aproximar-se ao máximo à do leite humano.
A partir dos 6 meses:
Habitualmente por volta dos 6 meses os bebés começam a exibir “sinais de prontidão”, o que significa que já estão aptos para começarem a sua introdução alimentar.
Os sinais de prontidão são:
- Sentar: O bebé consegue sentar-se com mínimo apoio
- Segurar o pescoço: O bebé consegue segurar o pescoço (a cabeça não cai para a frente)
- Coordenação: O bebé tem uma boa coordenação olhos-mãos-boca. Significa que ele vê um objeto, consegue agarrá-lo com a mão e levá-lo à boca
- Interesse: O bebé mostra interesse pelo alimento dos adultos
- Reflexo de protrusão: O reflexo de protrusão da língua diminuído
Uma vez identificados os sinais de prontidão, o bebé está pronto para iniciar a sua diversificação alimentar.
Existem três métodos principais de introdução alimentar:
- método convencional
- baby-led weaning
- introdução mista
Cada família deve avaliar com o seu pediatra e nutricionista qual é a forma de introdução alimentar que melhor se adapta à sua família e estilo de vida.
Autoria: Drª Daniela Amaral
Pediatra Geral e Endocrinologista Pediátrica